quinta-feira, 26 de setembro de 2013

POEMA Nº - 114 - ESPECTRO

Estou por um triz. 
Apertam-me todos os desesperos, 
num coração constrito. 
Labiríntico.
Rendo-me numa dor sem fim.
Tautológica.
Olho ao redor . De mim mesma,
só restaram prantos. Secos.
Pantofóbica.
Lassos braços já não erguem a luta.
Entrego-me. Covarde. 
De mim, desisto .
Pávida.
Já não choro.
Já não grito.
Nada faço.
Vegeto.
Não existe esperança,
Se não há vida.
Apenas, quedo-me.
Espectro.


Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
Arquivo: Mulheres 188

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário é muito importante para mim! Obrigada por comentar!