Nada tenho a dizer,
porquanto,
nestes momentos
em que a insegurança me invade...
em que a insegurança me invade...
É melhor aquietar-me,
recolher os pensamentos desconexos
recolher os pensamentos desconexos
e me esconder em
algum lugar
deste labirinto que é a minha mente.
deste labirinto que é a minha mente.
Melhor é entregar-me
ao silêncio exterior
já que no íntimo
gritam
mil vozes que me atordoam,
mil vozes que me atordoam,
me amordaçam
e sodomizam meus frágeis sentidos
e sodomizam meus frágeis sentidos
infernizando minha
pobre alma!
Tenho medo! Muito
medo!
Só não sei do quê!
Só não sei do quê!
Sinto-me impotente,
imobilizada,
sem defesas, caída,
perante o monstro de
mil tentáculos
que aprisionou a
minha lucidez
e a tomou para si,
deixando-me a vagar por
vales sombrios...
O medo aperta-me o
peito e a dor é grande!
Em que abismo eu caí?
Em que becos me
perdi?
Onde estou, se nada
vejo,
se os meus olhos emétropes
se perderam na trevosa noite fria
se perderam na trevosa noite fria
em que mergulhou a
minh’alma?
Quem me usurpou os
sonhos?
Por quê?
Melancolia!
Melancolia!
Autoria: Lavínia Andrill
Enigmático... o que fazer diante dos abismos que a vida nos apresenta? Transpô-los ou aquietar-nos? Difícil decisão. Ou não!
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