terça-feira, 31 de dezembro de 2013

POEMA Nº 162 - AFRODISIA

As lembranças, como névoas,
de uma madrugada fria
Ainda dançam qual ninfa louca
Na minha cabeça vazia.
O véu diáfano da aurora
Cobriu aquele dia
Em que fostes meu, fui tua,
Na mais completa afrodisia.
Hoje, uma cortina de fumaça
A vã esperança, cobria,
Um grão destruído,
que renasça (?),
Na fluida melodia
A tua presença desfaça (!).
O que resta?
Melancolia!


Autoria:Lavínia Andrill
Imagem: Internet

POEMA Nº 161 - QUERO DO AMOR TODAS AS LOUCURAS

Louca!
Vivo de catar réstias de luar no manto das estrelas
Num apoderamento do universo
(em absurdos!)
Abocanhando mundos...
Nos olhos (meus) o brilho dos quasares!
Na alma (incalma), o doce de alfenins!
Na boca (louca) a lasciva língua!
No corpo, a inquietude dos amantes
(insaciáveis)!
Na palma da mão as linhas do infinito
(E o dócil fruto da anáfena)!
Louca? Sou-o!
Dá-me, Deus, a santa insanidade, pois, 
Quero o amor mais louco!
Quero do amor todas as loucuras!
Todas as promessas, todas as delícias,
(Sem censuras)!


Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
Arquivo: Angel, olhar feminino 4

CANÇÃO Nº 077 - MENINA VENENO -



Sem este "veneno" o amar é sem graça...

Poema nº 160 - REMEXENDO SOLUÇOS E RECORDAÇÕES


Saudade formigando tudo...
Remexendo vísceras e coração...
Deslizando goela adentro
Feito tamarindo azedo travando dentes.
Intragável fumaça de paiva de fumo de rolo
Pulmão sem ventos.
Espinho de laranjeira espetando dedo.
Saudade dilacerando tudo...
Remexendo soluços e recordações...
Embaçando olhos (órbita em) metacentro
Pimenta ardida, retina.
Saudade assim mata a gente...
Cupim corroendo por dentro;
É sal que desce dos olhos e arde face e seca boca.
Revoar de borboletas ocres num rastro de azinhavre
Gemidos de ventos aos meus ouvidos
Gelo na alma (incalma).
Saudade... Loba em uivo desvairado.



Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet



POEMA Nº 159 - EU TE AMO, SIMPLESMENTE, PORQUE TE AMO!

Eu te amo em todas as línguas
Faladas,escritas,sussurradas...
Inclusive na minha:
      Em carne,nervos,sangue!     
Eu te amo em luminuras de pele
Onde gravo e regravo
A cartografia dos nossos quereres
Eu te amo nos dias e nas noites
Eu te amo nos meses e nos anos
Eu te amo nas horas e nas eras
Em que juntas as almas
Se (nos)amalgamaram em una
Eu te amo na imensidão do átomo
Em que é feito a nossa carne rara
Eu te amo, tal qual
Quasimodo, a sua Esmeralda
Eu te amo, como
Tristão arrebatou-se por Isolda
Eu te amo como se amaram (amam)
Os grandes amores da história
Eu te amo como se ama a vida...
Eu te amo
simplesmente porque
não sei fazer outra coisa!



Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet


CANÇÃO Nº 76 - CORAÇÃO PARTIDO



"Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, ...Tudo vale a pena quando a alma não é pequena". Fernando Pessoa.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

POEMA Nº 158 - CRIEI VOCÊ PARA DELEITE DA MINHA ALMA...

Já nem sei eu se exististes tu
(Era só meu este amar-te?)
Ou se fostes forjado
No átomo dos meus sonhos
Para deleite da minha alma libertina
E da fome lânguida
Dos meus olhos imprecisos
Luxuriosos, lascivos, ávidos,
A buscar-te eternamente
Entre fomes sem descansos,
Numa promessa verossímil!
(Quiser'eu encontrar-te!)
Encontrei?
Onde tu de mim te escondestes?


Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
Arquivo: Mulher 149



CANÇÃO Nº 075 - AMOR PERFEITO

POEMA Nº 157 - CANÇÃO DO DESASSOMBRO

Leva-me, amor, suave e serena
Numa ciranda de nuvens
A bailar em teus braços de açucena
Neste céu de dezembro
Para que o meu amar-te
Seja canção de desassombro
Aos teus ouvidos. Destarte,
Que tenho eu de ti
Amor que não se cabe
Em mim!
Leva-me, amor, tranquila e sedenta
A sonhar nas insones madrugadas
Em mares sem tormentas
Nestes teus olhos de lírios! Amolgadas
Todas as destemperanças. Trocentas
Vezes em teus braços, Eu, mitigada!


Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
Arquivo: Casal 078

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

POEMA Nº 156 - TEMORES ABSCÔNDITOS DE UMA ALMA. INCALMA!

No fundo de mim esconde-se,
atônita, a alma.
Incalma!
Mil anos
e não sabe mostrar-se ao mundo...
O medo eviscera-lhe o sopro
E grita no seu recôndito
Os temores de si mesma!
Irresoluta, não se mostra...
Esconde-se nas dobras do tempo
Fugindo dos nadas a que se entregou!
- Quando me hei de libertar-me,
Corpo impreciso e insólito?


Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
Arquivo> Anjo 26

CANÇÃO Nº 074 - PAROLES PAROLES



Interpretação belíssima do Alan Delon e Dalida!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

POEMA Nº 155 - DEVORO-TE

Oceanos derramados em teus olhos
Gritam-me na alma!
Em êxtase, quedo-me diante da tua geografia
Desvendo os mistérios dos teus relevos.
Sou loba caçadora.
Nada escapa a esta canina
De alma densa e quereres inconfessos...
Espreito-te...
Devasso tuas nuances nas estradas do teu corpo
Em cada poro, sorvo-te, incansavelmente.
Devore-te.
Regurgito-te.
Para devorar-te, outra e mais outra e outra,
Vez...
E, nesta louca e desmedida ânsia
Provoco-te...
Venero cada reação do teu corpo dominado por mim.
Rende-te
Aos meus insanos caprichos. 
Escravizo-te...
Em minhas mãos, meu brinquedo, meu deleite.
Lauta refeição para uma loba faminta e louca.
Devoro-te...


Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet 
Arquivo: Casal 81

POEMA Nº 154 - OS SILÊNCIOS NÃO CALAM MINHA ALMA!

Não! Não trago silêncios em mim!
Minha alma grita, sangra, implora!
O rugido dilacera-me a garganta
Não sou mulher de silêncios.
Não me calo. 
Minhas vísceras tremem em frêmitos.
A intensidade me subverte.
Aborto todos os gritos.
Seus ecos são música aos meus ouvidos!
Sou loba irascível, não contenho meus uivos.
Abrasivos.
Incalmos.
Insanos!
Apenas me calo diante do incognoscível
que é este meu ser impreciso, insólito e intenso!


Autoria: Lavinia Andrill
Imagem: Internet
Arquivo: Fantasia 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

POEMA Nº 153 - A FÊMEA E A LOBA

O cálice que te ofereço
tem a brandura da sépala
por onde vertem melíflua seiva
e o ardor de um rio de magmas,
com pitadas de massala.
Se gostas de desbravar
este meu universo
de secretas delícias,
que assim sempre seja,
incansável em buscas e conquistas.
Banhe-se em minhas malícias
de fêmea benfaseja,
eternamente em cio...
Para o teu deleite, 
a minha insaciabilidade!
Posto que,
por mais longa a cavalgada,
a insaciável alvorada
é sempre um porvir.
Trago em mim
o que há de vir,
a essência da loba faminta
e a indecência das ninfas amantes
de uma Grécia já extinta!
Sou loba.
Farejo ventos.
Sinta!


Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
Arquivo: Mulheres 144

POEMA Nº 152 - SAGITÁRIO

Brilhou sobre os meus ombros encurvados
Iluminando os meus passos cansados
De longos caminhos percorridos
O meu Sol em Sagitário!
Dezembro - Terra e Fogo!
Aponto para o alto meu arco
E solto as minhas flechas
Levando aos astros do infinito
Mais um ano desta minha existência
Terrena!


Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
Arquivo: Fantasia 22


sábado, 14 de dezembro de 2013

CANÇÃO Nº 73 - AMADA AMANTE!

TEXTO Nº - 006 - AMOR ETERNO

Hoje, 14 de dezembro, é uma data especialíssima para mim! É aniversário do meu companheiro de longa data, meu melhor amigo, meu irmão, meu pai, meu porto seguro, meu psicólogo, meu maior incentivador, meu fã e meu ídolo, meu tudo, meu homem, meu amante, meu marido, meu eterno e grande amor! São quase quatro décadas que caminhamos, sempre, lado a lado, vivendo o que a vida nos dá, e tirando da vida o que há de melhor! Sonhamos juntos, lutamos juntos e vencemos juntos! Sofremos juntos e vibramos juntos! E a chama em nosso olhar não se apagou com o tempo; brilha sempre mais. Não consigo ver a vida sem você ao meu lado! Somos extensão um do outro... não conseguimos nos separar por muito tempo, pois o ar que respiramos, é único! Amo dormir e acordar ao teu lado... E, pela manhã quando nos separamos para cuidarmos das nossas vidas, falamo-nos durante o dia como dois namorados, vibrando ao ouvir a voz do outro ao telefone... Alegra-me a tua volta a nossa casa, quando finda o dia... E, quando chegas, todos os dias de todos os meses e de todos os anos, ouço o abrir da porta e a tua voz macia e amorosa chamar: Vínia! 
Feliz aniversário, meu amor! Feliz aniversário!


Minha homenagem a você, meu amor!


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

POEMA Nº 151 - ANLAGEM

Somos
Uma anlagem inevitável
Por que não queremos, não podemos
Ir de encontro às forças da natureza!
O que se tornará, já é,
E a muito está escrito
Nas dobras do nosso destino!
O sentimento que de nós se apoderou,
Sincronisticamente,
Sem que possamos explicar
Está além do nosso entendimento
Além da nossa razão.
Arrebata-nos um ao outro
Nos mantém envolvidos
Numa simbiose perfeita
Num doce enlevo
De amor e paixão
Carinho e sedução
Sonhos de luxúria
Entregas e ofertas
Numa miscibilidade
De corpo e alma
Por que,
O que se tornará,
Já é.


Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
Arquivo: Casal 30

POEMA Nº 150 - INSACIEDADE

Descem meus olhos incertos
ao longo do caminho
e num horizonte procuram
a sombra do teu sorriso
que ficou perdido no amargor de
um adeus...
Lembranças de um carinho
que tive por breves momentos
envolta nos braços teus
num fim de tarde, quase noite...
Dei-me a ti por inteira
perdida me vi no doce açoite
que foram teus beijos
pelo meu corpo...
Louca, fui ao paraíso, em solfejos
de luxúria e prazer
desvairada, faminta, sem juízo
chorando de felicidade...
Mas, tudo foi tão pouco
que deixou em mim
numa querência imensa
a semente da insaciedade.


Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
Arquivo: Casal 90

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

POEMA Nº 149 - POEMA PARA NOVEMBRO

Que me chegue mais um novembro
me brinde com sol e mar
e banhe de lua
esse meu estilo impreciso
esse meu gosto incoerente
pelo moderno e antigo
Paulista e Estação da Luz
esse desejo ardente
por almas, corpos e cicatrizes.

Que me chegue esse novembro
sem mais empalidecer meus dias
banhe em doce perfume
esse meu querer preciso
esse meu desejo indecente
por você e por um outro
com mesma ostentada opulência
e consuma-me em nuvens
sem rumos ou diretrizes

Acolho-te meu novembro
pois minha alma errante
não sabe andar na linha
meu coração diamante
cansou-se de não caber num quarto
tanto traçado preciso
em tantos passos incertos
obediência e rebeldia
vivem em meus matizes

Venha meu novembro
banhar em verso
essa mulher estranha
movediça, escorregadia
voz que não grita
e já não canta
decomponha minhas defesas
e faça-me forte
desde as raízes.


Autoria: Noádia Mendonça
Imagem: Internet
Arquivo: Mulheres 70