Este nosso amor de incêndios e bonanças
feito água vazante de rio em enchente
tem jeito não, mi corazón...
Este teu jeito manso no olhar
derramando canduras em meu ser
tem gosto de pecado.
Mais mansos ainda,
teus lábios a sussurrar
teus lábios a sussurrar
aos meus ouvidos aquelas palavras
que bem sabes o quanto me apraz escutar...
Este teu manso olhar
derramando preces em súplicas
em meu corpo nu
em meu corpo nu
à espera do teu
faz-me delirar.
Teus dedos tão sutis
traçam estradas em minha pele
traçam estradas em minha pele
espalhando versos e toques
arrepiando-me os pelos e os seios...
Este teu manso olhar
desperta tormentas em minha alma
e candura em meu corpo
que se amolece, se abre e se oferece
e te recebe por inteiro.
Em mim, estes teus olhos mansos...
levam-me a loucura!
levam-me a loucura!
Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
Arquivo: Casal 080
Minha querida Lavínia,comecemos pelo primeiro verso,uma antítese,bem característica do amor,amor que arde sem doer,lembra o mestre Camões?O segundo verso arremata a ideia do amor como fluídico,e o é,porque o amor escorre literalmente(qtos líquidos são derramados,despejados no ato do amor?O terceiro verso vem com uma brincadeira,tem jeito não,mi corazon(uma rima entre 2 substantivos,rima pobre,mas rica em risadas com o verso,a linguagem coloquial a serviço do verso e a rima do nosso ditongo nasal não d mãos dadas com o a nasalidade da língua hermana.Boa sacada,os versos brincam,como o amor flui.Tem gosto d pecado,este jeito manso d olhar,o olhar agora é o centro da temática,como no amor,onde a visão é o primeiro sentido em alerta.Um jeito manso,que não é manso,porque é enchente de rio vazante.A língua coloquial é esquecida,o 4 verso surge com a 2ªpessoa verbal,a língua culta surge formalizando o amor.Nova sacada,a língua culta com um verbo quase esquecido,apraz,o amor formaliza-se a cada passo.O olhar manso derrama súplicas e preces em meu corpo nu que...espera,como um náufrago o momento exato de se entregar à enchente do rio.O delírio apossa-se ,como desejo carnal,agora o amor é manso e sua mansidão torna-se delirante,outra antítese contextual,outra ideia ótima de se descrever o que o amor é capaz de criar em nós.Os dedos são sutis,como o olhar manso em brasas traça estradas na pele,versos e toques,o corpo reage e novos fluidos saem da pele,assim como de todo o corpo,uma forma de expressar o desejo...em silencio,com mansidão.Nova antítese,tormentas e..candura.E o corpo em reação,combustão se abre,se oferece e se entrega,não há mais resistência,porque os olhos mansos,sutis,versejam com os toques e os versos,estabelece estradas e sabe aonde ir,o caminho certo que a natureza nos ensina,versejou Roberto Carlos.Um belo poema,onde as antíteses corroboram o que a temática propõe,as variegadas reações do amor em nós.Parabéns,amiga,delicio-me,opbrigada por m mandar mais uma folha de sua árvore com tantos troncos a florir.
ResponderExcluirNooooosaaaa, amiga, Nina! És soberba em demasia! Vejo nesta tua "breve" análise do meu poema, a mulher INTENSA que és!Tuas palavras são um poema... outro poema dentro de um outro...
ResponderExcluirAmei por demais! Eu não abro as portas do meu mundo para ti. Eu as ESCANCARO! Seja muitíssimo bem vinda!
Olá!
ResponderExcluirSimplesmente linda essa poesia,com tanta volupia,o amor a flor da pelie.Parabéns!
Obrigado por me adicionar lá no Google+,vim conhecer o seu cantinho repleto de amor,já estou a te seguir.Faço o convite para que conheça o meu blog,espero que goste.
Felicidades no seu caminhar com muita luz e paz.
Bjos.
Oi!
ResponderExcluirVoltei para te agradecer por seguir o meu blog,mais uma linda flor que nasce no jardim do Avivar_Cel,seja muito bem vinda.
Tenha uma linda tarde de quarta-feira com muita luz e paz.
Bjos.
Esta poetisa além de linda é excepcional. Gosto demais dos seus poemas. O lirismo e a sensualidade são marcas registradas em seus poemas. Gosto muito deste teu Blog. Diferente de muitas outras poetisas. Você tem uma marca forte. Parabéns.
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