domingo, 11 de março de 2018

POEMA 269 - PERMISSIVIDADES


Sirva-me a ti, meu Dom, em lauto banquete
de luxúria e permissividade
numa opulência de devassos requintes orgiásticos
e inconfessáveis loucuras...
Licencio a ti, amor meu, meu corpo por inteiro
e, se quiseres, dou-te a alma
e de ti serei escrava
por eternidades.
Faça o que quiserem teus insanos desejos
no imaginário desta tua devassa mente.
Não me poupes nada.
Não te imponho limites.
Quero desfrutar a exaustão
estes teus loucos quereres...
Leva-me ao céu ou ao inferno,
se assim quiseres.
Submeto-me sem reservas
e subjugo o orgulho e o medo,
deus supremo da libertinagem.
Para glória e delícias
da minha alma obscena,
a ti me avassalo,
desmesuradamente, meu Dom!


Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet