Há uma elegância sutil em cada verso parido das entranhas em brasas de um Poeta, pois, o poetizar não carece de subterfúgios, nem pudores... Poesia tem que ser prazerosa. Versejar e degustar a poesia, como um orgasmo inesquecível! É como solver um saboroso vinho a escorrer deliciosamente pela boca. Ou, entre os seios da amante desejada. Ou, o saboreio de ostras cruas com limão e molho lambão (bem baiano!). Desculpem-me, a soberba, mas, Poesia não é para todos.
domingo, 26 de abril de 2015
POEMA 233 - AMO-TE. COMO-TE.
Amo-te e como-te.
Como-te
com os olhos
e ouvidos
e lábios
e língua
e pele.
Como-te
em pensamento
em silêncio
em alvoroço
em tormento.
em tormento.
Como-te
tal cupim em madeira
por dentro
por fora
por partes
por inteiro.
Amo-te.
Em sofreguidão desembestada
Em sofreguidão desembestada
Revirando céus e terra
Numa paixão desvairada
Amor de paz e guerra.
Amo-te
no agora
no antes
no depois
de tudo o que houve
e o que estar por vir
Amo-te,
enlouquecidamente
mais que tudo...
Por fim,
Amo-te!
E como-te,
como loba esfomeada
em uivos,
desvairada.
Como-te
como ninguém,
jamais ousou,
comer-te!
Autora: LavíniaAndrill
Imagem: Internet
Numa paixão desvairada
Amor de paz e guerra.
Amo-te
no agora
no antes
no depois
de tudo o que houve
e o que estar por vir
Amo-te,
enlouquecidamente
mais que tudo...
Por fim,
Amo-te!
E como-te,
como loba esfomeada
em uivos,
desvairada.
Como-te
como ninguém,
jamais ousou,
comer-te!
Autora: LavíniaAndrill
Imagem: Internet
POEMA 232 -SOU TÃO EXCESSIVA...
Da vida eu quero
o querer desmedido
a paixão desvairada
o desejo incontido
na louca madrugada.
Que não sejam céleres
as indomáveis horas
no assombro do gozo
no arrepio da carne
em êxtase e frenesi
na ânsia louca
da carnuda boca.
Sou tão excessiva...
O muito para mim
é tão pouco...
Sou tão excessiva...
O muito para mim
é tão pouco...
Da vida eu quero
Dó ré mi
fá sol lá si!
E morrer de gozo!
E morrer de gozo!
Autora: LavíniaAndrill
Imagem: Internet
quinta-feira, 16 de abril de 2015
POEMA Nº 231 - TOQUE
Cerro as pálpebras... abrem-se universos...
Pressinto vida em êxtase
adentrando-me as narinas
violando-me os sentidos...
nas pontas dos meus devassos dedos!
Sôfregos. Ousados. Destemidos.
Incansáveis!
Desbravando mundos, em segredos (tão meus)!
Inconfessos.
Insaciáveis.
Incontidos!
Uma doce tortura
Incontidos!
Uma doce tortura
de alumbramentos e espantos
espasmos e gozos,
sussurros, numa madrugada fria,
de entregas e abandono e êxtase profundo!
espasmos e gozos,
sussurros, numa madrugada fria,
de entregas e abandono e êxtase profundo!
Pensamento alado descortina o mundo...
E se descobre imensa
E se percebe absoluta
E se provoca
E se atiça
E num breve átimo
transmuda-se em deusa!
Doce enlevo,
Amar, a mim mesma!
Amar, a mim mesma!
Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
quarta-feira, 15 de abril de 2015
POEMA Nº 230 - DESALENTO
Doces palavras recolhidas
no silêncio dos teus olhos
quando em mim estavas...
Olhos de prismas, desvairados,
parindo palavras não ditas
na orquestra dos teus lábios - lindos e
mudos.
Olhos que se transmudavam em cristais
derramados na madrugada
rasgando em frêmitos e desejos e saudades,
o meu corpo - perpassando a minha alma...
o meu corpo - perpassando a minha alma...
Que me trazes mais senão o vazio dos dias
infindos
e o fel das noites envoltas em desalento
reverberando lembranças partidas
sobre as calçadas de pedras lúgubres
dos becos sombrios
no labirinto em que se
perdeu o meu eu?
Desgarrada da tua, em desespero
a alma - clama por ti.
a alma - clama por ti.
Perdeste-te de mim, no silêncio destes
teus olhos
onde não mais refletem quasares
nas madrugadas das nossas eternas entregas.
Lavínia Andrill
Imagem: Internet
terça-feira, 14 de abril de 2015
POEMA Nº 229 - CÉU DE AÇUCENA
Leva-me, amor, suave e serena
a bailar em teus braços de nuvem
neste céu de açucena
para que o meu amar-te
seja canção aos teus sentidos
nas insones madrugadas
como a brisa de dezembro
despertando arrebóis
nos teus olhos de mar e sal.
Amor, leva-me. De leve.
Suave e serena.
Lavínia Andrill
Imagem: Internet
domingo, 12 de abril de 2015
POEMA Nº 228 - AMOR QUE NÃO SE ESQUECE...
Que fazer deste TEU amor cigano
Voo de pássaro sempre em idas
Errôneo?
Que fazer deste MEU amor insano
Rastro de caminhos sempre em esperas
Forâneo?
Teu amor - água rebelde a escorrer-me nos
dedos
Feito silêncios.
Calam a alma súbitos
espantos
Jardim
sem álamos,
Sabor
amargo de lua minguante...
De
esperas e quebrantos.
Meu
corpo sempre a espera
do
teu. Desencantos.
Mandrágoras
em minhas mãos,
Viciam-me
em ti...
Não vens...
Colares de estrelas e ventos,
Teço... enfeito-me...
Não vens...
O abismo que a tua ausência lançou
Alei meus
pés... voei... caí,
Precipício
De não viver sem ti.
(Ainda penso em ti.)
(Ainda penso em ti.)
Que fazer desse amor
prisioneiro em mim?
Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
POEMA Nº 227 - MINHA PERDIÇÃO
Amálgama de mel e sal
um leve amargor que remete ao vinho
assim são teus sabores
que me escorrem
pela língua e garganta
quando te provo e te solvo.
Mulher de encantos
devassas promessas
magias descobertas.
Deusa olímpica, forasteira,
de imarcescíveis delícias
Em ti me perco e me salvo
louca de quereres e encantamentos
paixão insana e febricitante.
Sou escrava do teu estro
sempre em ebulição
Mulher de bruxedos e sedução
Dona da minha alma
sempre a te buscar
por eras e eras e eras
Em frêmitos de entregas
e perdição.
Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
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