Há uma elegância sutil em cada verso parido das entranhas em brasas de um Poeta, pois, o poetizar não carece de subterfúgios, nem pudores... Poesia tem que ser prazerosa. Versejar e degustar a poesia, como um orgasmo inesquecível! É como solver um saboroso vinho a escorrer deliciosamente pela boca. Ou, entre os seios da amante desejada. Ou, o saboreio de ostras cruas com limão e molho lambão (bem baiano!). Desculpem-me, a soberba, mas, Poesia não é para todos.
sábado, 21 de março de 2015
POEMA Nº 226 - "O QUE ME LIBERTA É PRISÃO"
De tudo que anseio
Nadas me pertencem
Insanos quereres
Devaneios de um'alma
Incalma,
Num corpo não se aquieta
Vive de varrer mundos
Coração constrito quer inda mais
Do que lhe é permitido
Debate a alma no presídio do corpo
Libertar-se não pode!
Debalde são meus os céus e as noites
Deleites dos meus lúgubres anseios
Que no peito não se calam
E explodem em desejos
Absurdos
Estritos
Inconfessos
Jamais satisfeitos...
A prisão me consome!
Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
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