segunda-feira, 5 de agosto de 2013

POEMA Nº 041 - SUBVERTA-ME

Para satisfazer o meu ego
Não bastam olhares, nem pequenos gestos,
Minha alma necessita de palavras
Ditas a meia voz,
Ou sussurradas aos meus ouvidos.
Preciso saber o que pensas no momento
O que sente por mim
O que achas de mim...
Sou boa para você?
Sou desejada por você?
Exprima teus sentimentos
Mais profundos... mais obscuros...  mais obscenos...
Mas os diga para mim...
Eu preciso ouvi-los
Para que não haja em mim
Apenas o vazio... o nada...
Bem sabes o quanto sou excessiva
Mulher de extremos...
Exagerada... não é o que dizes?
Olhares são bem vindos...
Principalmente olhares lascivos...
Esquentam a minha alma... e as entranhas...
Beijos quentes... atrevidos... molhados
Mãos ágeis... irrequietas... ousadas... desbravadoras...
 Adoro-as em mim... desbravando os meus mistérios
Que já não os são para ti,
Tão misteriosos assim...
Mas ajas como se fosse
A primeira vez...
E, em todo o tempo,
Que comigo estiveres
Não deixes de falar... murmurar... provocar-me
Com a tua voz... sutil... rouca de tesão...
Às vezes, suave... outras autoritária... comandando-me
Subvertendo-me aos teus caprichos, teus desejos,
Tua vontade... ao teu potentado, por mim, inquestionável...
Pois que, de ti, fiz meu Senhor absoluto!
Dentre todos, o escolhi!
Sim, subverta-me, por que me apraz,
Servir-te como bem entenderes.
Toma-me em teus braços e
Para os teus caprichos e teus quereres,
Sem pudor, 
SUBVERTA-ME.




AUTORIA: Lavínia Andrill
Imagem: Internet 
Arquivo: Sub 2

3 comentários:

  1. Poeta Lavínia, notei neste poema um certo grau de submissão de vossa parte... quem me dera ser o seu Senhor! Eu saberia subvertê-la muitíssimo bem!

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  2. Boa noite, poeta. Mas que bela poesia! A poeta com esta poesia desperta-me sentidos de pleno domínio sobre uma fêmea! Maravilhosa! Viajei nas suas palavras... Seus poemas são de um erotismo singular! Parabéns!

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