quinta-feira, 22 de agosto de 2013

POEMA Nº 070 - MEUS OLHOS BUSCAM AS ESTRELAS

Dia após dia, morrendo lentamente,
corroída pela angústia que de mim se apoderou
nada há a fazer para vencer a inércia
que entorpece os sentidos
embotados pela ausência do acontecer.
Espero uma réstia de luz no final
do sombrio e longo tempo.
Tenebrosas curvas teimam
impor barreiras
ao meu passar.
A estrada é tortuosa e os obstáculos
interpõem-se a minha frente...
Está cada vez mais difícil transpô-los.
Sofregadamente continuo,
com a teimosia da qual foi feito
meu ser
que nunca desiste,
embora uma tempestade torrencial
desabe sobre mim
aprisionando este ser teimoso!
Tento me livrar dos tentáculos
do monstro do abismo que quer me envolver
e me arrastar para ele.
Mas, o que é o abismo,
se os meus olhos alcançam as estrelas,
e o infinito é a minha morada?
O grito que transpassa a minha garganta se eleva!
E atinge o olimpo onde,
Existe uma chance efêmera de
Deus, finalmente,
me escutar!


Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
Arquivo: Diversos/Imagem 27

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