domingo, 2 de fevereiro de 2014

POMA Nº 194 - HORAS FLUIDAS, INDOMÁVEIS ERAS!

 Em nada mais creio eu 
(Não há destino; nem nada mais). 
Sou apóstata confessa 
Rendo-me ao inverossímil
(Não há destino!).
So a impermeabilidade das horas
Sôfregas, indomáveis, fluidas,
(Desoras...)
Que se esvaem na eteridade dos dias
Vazios...
E abocanham sonhos
Quebrando encantos
De ossos e células.
Destino trânsfugo.
Quiser’eu prendê-las.
(As horas).
Mas não há destino.
(O acaso é o que impera!)


Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: A METAMORFOSE DO SER 
(FLORIAN RAISS)



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