domingo, 2 de fevereiro de 2014

POEMA Nº 198 O MUNDO NO MEU ABRAÇO...

Mundo grande, vasto,
Tão grande, mundo casto
Que não se pode abraçá-lo
Com os braços do corpo
(só com os braços do coração).
Mundo grande,
Mas não cabe o tempo,
Mais vasto que o mundo!
O tempo não se cabe no mundo
No mundo, o tempo não se acaba.
E o mundo, vai se acabar um dia?
Que ironia!
Mundo e tempo!
Este, senhor do ludo!
Aquele, tão ínfimo, perde-se na lide,
Diante deste se apequena em ledo!
Mundo, cavaleiro mutante 
Tempo, cavaleiro errante
Das vãs esperanças,
Dos sonhos indômitos!
Carregas em teu dorso miragens
Da intangibilidade
Da irrazoabilidade!
Fala, Zaratustra,
Em tua imortal sabedoria
Define o imarcescível tempo:
- Para onde vai o (im)perecível mundo
No tempo indiferente a tudo?



Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
Arquivo: Diversos/Ampulheta 4

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