A língua lambe as pétalas vermelhas
Da rosa pluriaberta;
A língua lavra certo botão
E vai tecendo lépidas variações de ritmo.
E lambe, lambilonga, lambilenta,
A licorina gruta cabeluda,
E, quanto mais lambente, mais ativa,
Atinge o céu do céu, entre gemidos,
Entre gritos, balidos e rugidos,
de leões na floresta, enfurecidos.
Autoria: DRUMMOND
Imagem: Vagueando.blog.sapo.pt
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