Saudade formigando tudo...
Remexendo vísceras e coração...
Deslizando goela adentro
Feito tamarindo azedo travando
dentes.
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Intragável fumaça de paiva de fumo de
rolo
Pulmão sem ventos.
Espinho de laranjeira espetando
dedo.
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Saudade dilacerando tudo...
Remexendo soluços e recordações...
Embaçando olhos (órbita em)
metacentro
Pimenta ardida, retina.
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Saudade assim mata a gente...
Cupim corroendo por dentro;
É sal que desce dos olhos e arde face
e seca boca.
Revoar de borboletas ocres num rastro
de azinhavre
Gemidos de ventos aos meus ouvidos
Gelo na alma (incalma).
Saudade... Loba em uivo desvairado.
Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
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Há uma elegância sutil em cada verso parido das entranhas em brasas de um Poeta, pois, o poetizar não carece de subterfúgios, nem pudores... Poesia tem que ser prazerosa. Versejar e degustar a poesia, como um orgasmo inesquecível! É como solver um saboroso vinho a escorrer deliciosamente pela boca. Ou, entre os seios da amante desejada. Ou, o saboreio de ostras cruas com limão e molho lambão (bem baiano!). Desculpem-me, a soberba, mas, Poesia não é para todos.
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
Poema nº 160 - REMEXENDO SOLUÇOS E RECORDAÇÕES
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Menina...tua SAUDADE ficou pra lá de linda !
ResponderExcluirParabéns !
Já sou teu fã. Beijos.
Oh, amigo, muitíssimo obrigada! Volte sempre!
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