terça-feira, 17 de dezembro de 2013

POEMA Nº 153 - A FÊMEA E A LOBA

O cálice que te ofereço
tem a brandura da sépala
por onde vertem melíflua seiva
e o ardor de um rio de magmas,
com pitadas de massala.
Se gostas de desbravar
este meu universo
de secretas delícias,
que assim sempre seja,
incansável em buscas e conquistas.
Banhe-se em minhas malícias
de fêmea benfaseja,
eternamente em cio...
Para o teu deleite, 
a minha insaciabilidade!
Posto que,
por mais longa a cavalgada,
a insaciável alvorada
é sempre um porvir.
Trago em mim
o que há de vir,
a essência da loba faminta
e a indecência das ninfas amantes
de uma Grécia já extinta!
Sou loba.
Farejo ventos.
Sinta!


Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
Arquivo: Mulheres 144

2 comentários:

  1. Os grandes poetas são habitualmente andarilhos você não fugiu há regra mas o importante é poesia.Por mais que tente defenir a poesia ela foge à estreiteza dos conceitos.É sentimento e é palavra,faísca que acende ou água que se espelha entre os corpos,simalação que se sobrepõe ao ardor da chaga ou há graça do momento.

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    1. Inácio Santos, desculpe-me pela longa demora em te responder... responder através de um "muito obrigada" pelas suas palavras... não sou grande poeta... nem pequena... as vezes brinco. De fazer poesias!

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