quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

POEMA Nº 155 - DEVORO-TE

Oceanos derramados em teus olhos
Gritam-me na alma!
Em êxtase, quedo-me diante da tua geografia
Desvendo os mistérios dos teus relevos.
Sou loba caçadora.
Nada escapa a esta canina
De alma densa e quereres inconfessos...
Espreito-te...
Devasso tuas nuances nas estradas do teu corpo
Em cada poro, sorvo-te, incansavelmente.
Devore-te.
Regurgito-te.
Para devorar-te, outra e mais outra e outra,
Vez...
E, nesta louca e desmedida ânsia
Provoco-te...
Venero cada reação do teu corpo dominado por mim.
Rende-te
Aos meus insanos caprichos. 
Escravizo-te...
Em minhas mãos, meu brinquedo, meu deleite.
Lauta refeição para uma loba faminta e louca.
Devoro-te...


Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet 
Arquivo: Casal 81

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