Silêncios e solidões...
Tempo do amor solitário
Do amar-se querendo ser amada
Do possuir-se sozinha na madrugada
Na cama fria e silenciosa
Cujos lençóis não registram marcas
Mantêm a cândida brancura
Do registro dos solitários
Que amam seus corpos
Sem serem amados.
Prazeres, gozos contidos
Gritos presos na garganta da amante
solitária
mãos que buscam o prazer
Que outras mãos não lhes podem dar.
Corpo que anseia por outro
Mas na solidão, só encontra os
travesseiros
silenciosos... Impassíveis...
Calor que queima o corpo
Incendeia o leito solitário de uma
mulher só
Que se possui, mas não é possuída
e mesmo no selvagem socolejar do gozo
Procura pela cama o corpo que poderia
satisfazê-la
Pois na solidão, mesmo gostoso,
o gozo é incompleto.
Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
Arquivo: Mulheres 4
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