sexta-feira, 1 de novembro de 2013

POEMA Nº 138 - DESNUDA A MINHA ALMA

Desnuda minha alma, com cada beijo,
Não a deixes angustiada, e sozinha
Percorre suas partes ainda dispersas.
Alma que descobres em cada pétala,
De um lírio, uma violeta, ou uma Amapola,
Não a deixes entristecida e desolada.
Desnuda minha alma, vaga e inquieta
Bordeando a espuma da onda,
Adormecida docemente no mel de teu perfume.
Alma que aflora sobre as gretas,
No penhasco sob o mar profundo.
Esculpe devagar, com suaves pinceladas.
Desnuda minha alma com teu olhar,
Embalsama meu coração com teu perfume,
Rega com teu cálido sangue.
Desnuda minha alma ao chegar a primavera,
Detém o inverno, que o verão ainda demora,
Enquanto o outono cobre com suas folhas
Os campos.
Alma que como espuma se dissolve...
As tristezas em sua efervescência galopam.
Deixa que a primavera nos descubra.
Desnuda minha alma, deixa voar as borboletas,
Em liberdade, em silencio,
Sem determinar sua metamorfose,
Simplesmente, sem medidas sobre as coisas.
Alma que habita em teu perfume,
Suspiros ao vento, cada dia elevas,
Descortinar teu charme no andar, sua elegância.
Desnuda minha alma, nada temas, tudo obterás,
Não se distancie do amor, nem o negue,
Nesse abandono de amar, se entregue,
Alma alcança na incerteza, a alegria.
Tocar o céu com o seu toque,
Na disparidade, no intervalo, na discrepância.
Desnuda minha alma pois nela habitas,
Criando furacões, vendavais e tempestades.
Vai parar de sangrar, se ainda deliras,
Porque o barco sai sem esperar.
Desnuda a minha alma,
Ela é tua!


Autoria: Dagny Marisol Meza Cartier (Tradução Mário Faccioni)
Imagem: Internet

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