quinta-feira, 3 de outubro de 2013

POEMA Nº 128 - TOADA PARA PRANTOS E QUEBRANTOS.


A noite gemeu dentro de mim...
Espiava pra fora com olhos de negrume
Por sobre minha saudade
Espreitando tuas ausências...
E tudo doeu.
Até o pranto que era tanto, 
Desmilinguido, adentrou-se.
Ando me encolhendo em tristezas e solidões
Mastigando premonitórios em dores
De prantos e quebrantos.
Todos os sonhos, abandonaram-me.
Sobraram apenas espantos
Em desvarios e frêmitos
E esta vontade tirânica
De me esconder sob os lençóis.




Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
Arquivo: Fantasias 152

6 comentários:

  1. Um espanto de toada. Leve, porém triste. Pois se falar de saudades e ausências machuca tanto e quanto... Que jogo bonito de se ver, este teu, poetisa, com as palavras e o figurativo. Excelente.

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  2. Por que toda toada é triste... Mas esta é bela! Muito bom.

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  3. Um primor de poesia! Poetisa Lavínia, sempre que venho te visitar sou agraciado poe belas surpresas. Já te disse outras vezes que gosto muito da maneira que escreves. Toada leve, triste e bela. Parabéns!

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  4. O pranto e a tristeza dominaram sua toada, com beleza. Bjs.

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    1. Obrigada, Amiga Marlene! As toadas sempre tem um quê de melancolia, não é verdade? Volte sempre e obrigada pela visita!

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