sexta-feira, 4 de outubro de 2013

POEMA Nº 130 - PLENITUDE

Sabe,
Quando quiseres me amar
não é muito o que te peço
nada que não possas dar.
Mas, é preciso atenção!
É preciso uma dose extra de criatividade
e muito, muito tesão!
É preciso que estejas disposto
para rir, dançar, ouvir músicas, cantarolar
abraçar, cheirar, lamber, beijar e tocar!
Tocar muito! 
Todos os instrumentos da minha orquestra
Para que a melodia seja perfeita.
E beijos. Muitos beijos!
Gosto de beijos arrebatadores
que me tirem do chão
e me deixe sem ar
louca pra me entregar!
Beijos sôfregos e bem molhados
com mordidinhas e muita língua!
Tem que saber massagear o meu corpo
cada milímetro do meu ser
com tuas mãos, tua língua, tua pele...
Seja forte em tuas pegadas. Não vaciles!
Descubra minhas reentrâncias.
Explore as protuberâncias.
Não deixe nada sem tua visita.
Inspecione o que é teu.
Eleve o meu ego!
Estejas disposto a me provocar
com palavras sensuais, ousadas...
(aquelas que não se ousam dizer).
Diga-as, roucamente, aos meus ouvidos!
Éu preciso que estejas faminto
(estupidamente faminto)
E que me veja como a mais lauta refeição
que a ti é servida!
Quando sou amada
Gosto de rir e chorar!
Então, prepare os teus dentes,
para, deliciosamente, a minha pele marcar.
E podes (onde quiseres)
deixar a força das tuas mãos
a me espaldar!
Podes me pegar com força
prender-me as mãos, os pés,
vedar-me os olhos,
privar-me dos sentidos...
Podes fazer-me tua escrava
e te servir como te aprouver.
Virar-me do avesso
se assim quiseres.
Serei a fonte dos teus desejos.
Serei a tua mais louca fantasia
(o que mandares, obedecerei).
Pois, deleitando-me no teu prazer,
torno-me DEUSA em plenitude!
ABSOLUTA, no meu jeito de ser!


Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
Arquivo: Mulheres 57

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