Não emirjas, solidão
Fica no limbo a que te lancei
não emirjas!
Não te metamorfoseies em promessas vãs
Nem te disfarces de lua nua
a seduzir-me nas insones madrugada
empoemando as noites frias.
Nem te escondas nas gotículas de chuvas
a escorrer-me na face. Cansada.
Não te disfarces, solidão, em crepúsculos d'ouros
nem me tentes tal sereia desvairada.
Solidão, figura indigesta, não a quero como companheira
em noite de breu intenso. No quarto e na alma.
Não me tentes tal bacante despudorada
ou moças fáceis na calçada...
És cíclope, fundindo a fogo, os raios de Zeus,
sobre a minha cabeça. Tonta.
Prenhe de ti, solidão maldita,
que não posso abortar.
Simplesmente, por que és minha.
Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
Querida Lavínia Andrill fico simplesmente pasmo com a sutileza, grandeza e beleza que crias, doce e secretamente, neste teu canto virtual, no qual podes ser você mesma, isenta de censuras ou medos a te atormentar o poder criativo. São poemas fascinantes, que expressam a mais genuína alma poética. Fico feliz com esta tua realização pessoal e catarse na qual libertas tua alma bela e radiante. Parabéns!
ResponderExcluirFico feliz em vê-lo por aqui, meu amigo! Muito obrigada pelo incentivo e belas palavras! Gratidão!
ExcluirFico feliz em vê-lo por aqui, meu amigo! Muito obrigada pelo incentivo e belas palavras! Gratidão!
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