sábado, 4 de janeiro de 2014

POEMA Nº 179 - VAZIA DE PALAVRAS

Cá estou eu,
alucinada(mente).
a espera da palavra
- Que não brota -
Teimosia vernácula
de uma (des)inspiração
de(mente).
Carecem-me
o verbo e seus pretéritos.
Vazia
de substantivos e vozes
- Abstraíram-se -
em minha medíocre(mente).
Nada, além de um teimoso lapso,
Que o tempo me devolveu
Tomou-se em névoas
Embaçando o pensamento meu
E os vestígios das últimas palavras
que se desmilinguiram em nadas
oca(mente)
num surto sináptico
de uma borrasca glacial
que varreu a minha inútil(mente).


Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
Arquivo: Fantasia 101

2 comentários:

  1. Vou senti-la como peregrina... desobedecerei sua ânsia de ser andarilha... Como peregrina a sinto mais altiva... repleta de brilho e carregada de estrelas... Há um quê de busca em você, literalmente falando, que me apraz... Usa um jogo lindo de palavras e me inebria nos resultados. Parabenizo você e agradeço por me dar o privilégio da companhia literária. Espero possamos aqui trilhar sendas maravilhosas e como aprendiz de peregrino quero poder sentir o brilho desta estrela repleta de esplendor. Meu abraço e meu carinho cara amiga Lavínia Andrill.

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    1. Olá, JLPdeGodoy! Apraz-me esta tua visita! Encantada com as tuas palavras de carinho! Muito me honra tê-lo por aqui! Retorne quando quiser. A casa é tua, amigo! Muito obrigada!

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