Há de haver uma mulher
Que me abra as portas
Nas lúbricas horas
Em que me é insone
A álgida madrugada
E despertar-me auroras
Em meu corpo de vãs esperas
E sôfregas quimeras!
Há de haver uma mulher
Que se transmude em magias
E se vista em lirismos
Com sabores dionísicos
E me acolha em seu regaço
Na mais absorta elegia
Arrefecendo-me da lide, o cansaço
Das horas, da noite, do dia!
Há de haver uma mulher
Que me sirva de vinho e amores
Toques de clarins, dobres de sinos
Festejar-me sem fitas nem falsos
pudores
A amar-me sem demoras, adentro
madrugada
Que seja para mim os primeiros
albores.
Há de haver uma mulher. Amada!
Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
Arquivo: Mulheres 133
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