sábado, 4 de janeiro de 2014

POEMA Nº 180 - CARNALIDADE

O (im)pronunciável que ouço dos teus lábios
Aquece-me nesta fria madrugada.
A alvura neve brinca
Com o manto escuro da noite. Lá fora.
Aqui, aconchego e acalantos e desejos e encantos. Calor.
Sede e fome nos caminhos do teu corpo. Nu. Meu!
Preenchendo espaços
Fatigando cansaços
Em dança louca - você, em minha boca –
Um no outro. Em vórtices!
Lá fora, a neve.
Treme de frio, a noite.
Aqui, os cheiros.
Invadem pulmões.
Em nós, evanescências,
Fome e sede.
Saciamo-nos.
Deusificamo-nos.
Sublimes!
Sim!
Eu e tu, deuses!
Na mais pura carnalidade.


Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet
Arquivo: Casal 33

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