sábado, 19 de abril de 2014

POEMA Nº 220 - MISTÉRIOS DA NOITE...

Não há como desvendar
 mistérios que a noite esconde
Em suas negrescas entranhas...
Nem o andarilho, da lua fria, enamorado
Nem os pássaros noturnos
Nem os decaídos anjos notívagos,
Nem as sedutoras damas solitárias da incerta noite, 
Nem os incorrigíveis ébrios
Nem mesmo as inquietas estrelas
Penetram nos segredos da magistral noite.
Eu, aprendiz de poeta,
Tornei-me ébria a casar-me com a noite
Fúlgida, noiva incerta e fria!
Tornei-me pássaro noturno
E cantei-lhe doces melodias
Catei estrelas e réstias de lua
Para encantar a amante noite crua,
Dormi em seu regaço
E em seu remanso busquei albores
Mas a noite de horas imensas,
Infiel, arisca, fugidia,
Pariu-me das suas entranhas
De negrume e mistérios...
Abandonou-me
No colo do dia!





Um comentário:

  1. QUE MARAVILHA DE POEMA, QUE MARAVILHA DE UMA REALIDADE.
    COMO UM BOÊMIO NA NOITE, EMBRIAGANDO-ME COM SUAS PALAVRAS, CAMBALEIO NESTAS VERDADES, VERDADES ILUMINADA PELAS ESTRELAS CATADAS E PELO ADMIRAR DA LUA FRIA E FRIGIDA ONDE O MEU COBERTOR SÃO OS PENSAMENTOS, PENSAMENTOS DE DESEJOS ESCURECIDOS PELA NOITE SOZINHO.

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