quinta-feira, 14 de junho de 2018

POEMA 273 - ZÉ MANÉ


Fera humana, num repente se torna...
Esquece o gentil cuidado
Com os atos e as palavras
Tomando-se em esquivanças
Por quem a mão lhe estendera...
A estranheza o domina
Conspurcando a quem dele se aproxima
E ao lodo joga as suas virtudes
(um dia, as tivera?)
Pois, a lança a soltar-lhe boca afora
Mil feridas sangram
(não há cura!)
Compraz-lhe, aquele escolhido por alvo,
O sofrimento
Tirânica obsessão cega-lhe, a loucura
E julga-se senhor da razão!
O contraponto fora do ponto:
Zé Mané!
A ninguém engana
Pobre diabo!
Dentro de si, um coração atormentado
Uma alma tosca e pequena
Que a todos fere com seus modos vis
E segue em seu destino roto.


Direitos Autorais: Lavínia Andrill
Imagem: Internet



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