quarta-feira, 13 de junho de 2018

POEMA 272 - A ÚLTIMA MELODIA, A ÚLTIMA DANÇA

Quisera eu, morrer assim,
Ouvindo a mais bela melodia
Ao som de violinos, adentrar-me os ouvidos
Penetrar cada célula, prenhe em epifanias
E alcançar a minha alma,
Indelevelmente!
Se possível, dançar!
Loucamente rodopiar...
Atirar-me ao vento
Lançar-me por terra
Voar sobre as árvores, rios, oceanos
Alcançar nuvens, desvirginando horizontes!
Dançando... dançando... dançando...
Até que me sopre a última brisa
E o coração em êxtase
Bater acelerado ao ritmo da música
Que me atravessa por inteira!
Corpo em baile com a alma
Sentir os últimos acordes,
Penetrando-me as vísceras e,
Entregar-me, enlouquecidamente,
A última melodia, a última dança,
Ao último suspiro...
Até os olhos alcançarem
A escuridão do nada!


Direitos Autorais: Lavínia Andrill
Imagem: Google

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