Que a santa loucura
me atravesse
Tal raio em
tempestade
E me tome por inteira.
Que não haja réstia
De meia-lucidez
(que a loucura seja a
minha bandeira,
amiga e companheira) e
Entregar-me ao
inusitado
A insanidade poética
Dos loucos
desvairados
(quem sabe a vida
tenha sentido?)
Dançar na chuva, na
madrugada
Até sangrar-me os pés
descalços
Na nua e fria
calçada.
Ouvir os acordes
Da minha insana mente,
e
Rodopiar, dançar,
loucamente,
Lançar-me ao vento,
flutuar
Até a exaustão do
corpo
E o êxtase da alma.
Até que me reste um
sopro de vida
Até o bater do último
tambor
Em meu peito
extenuado
Até abraçar-me a morte
E a escuridão
adentrar-me
E eu me entregar,
docemente,
Ao nada.
Direitos Autorais: Lavínia Andrill
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"...Lançar-me ao vento, flutuar
ResponderExcluirAté a exaustão do corpo
E o êxtase da alma..."
Em tempos pretéritos, torna-me-ia nefelibata também apenas para vê-la lançar-se ao vento. Maravilhoso, parabéns.
Obrigada! Seja bem-vindo!
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