segunda-feira, 10 de março de 2014

POEMA No 215 - O TEMPO É UM CÁRCERE. EXISTE?

Pressagas horas, tempo de olvido
Jogo de espelhos, efêmero Tempo
(Onde não me vejo)
Livre e solto Tempo
Fortuito passatempo
Fugaz, fugidio
Indomável
Antropofágico Tempo
Comensal dos meus dias
E da minha adâmica matéria.
Água tirânica a escorrer-me
Por entre os impassíveis e lassos dedos.
Um deus todo poderoso, sois vós,
Tempo onipresente, onipotente, premente
Inconsútil Tempo, inclemente.
Prisioneira sou
Em teu cárcere de eras e horas
Onde a eternidade nada mais é
que um minuto afora.
Onde eu me perco
Debalde, longa espera,
de por fim, vencer-te.
Tempo. Existes?
Quimera!


Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet

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