quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

POEMA 277 - A IMENSIDÃO DE UM ÓDIO


Arde em mim um ódio imenso,
incomensuravelmente, insano
de um tamanho absurdo
que grita nas entranhas
mas, não se mostra ao mundo
- quem o compreenderia?
Treme as carnes, desventrando as vísceras
enlouquecendo a alma...
Desesperação dos sentidos
ensandecidos que clamam
por misericórdia
- ninguém os ouve,
- nem Deus... se o matei!
O que fazer para acalmar
os demônios que em mim rugem,
e tanto me dilaceram?
Cálice de sangue maldito
sorvo garganta adentro
conspurcando-me, vida a fora.
(mais uma loucura imensa
desvirginando a
brancura de um papel...)
Os demônios, em mim, rugem!
E este ódio que não controlo,
lentamente me mata!
Deus, depois de matá-lo milhões de vezes,
definitivamente, o matei!
estou só, mergulhada
na imensidão de um ódio
que me enlouquece
e me escraviza!
- ainda saberei ressuscitar Deus
um dia?


Imagem: Internet

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