sábado, 2 de abril de 2016

POEMA 245 - DOMÍNIO

Sou serpente sinuosa
na superfície da tua pele. Deslizo.
Desenho caminhos em tuas areias
Mergulho em teus oceanos
Adentro tuas crateras
Queimo-me em teu fogo
que arde em lâminas sobre as minhas carnes
prenhes de desejos.
Venço teus espantos
Domino-te os pudores
Vagueio feito louco
pelos teus horizontes
Desbravo teus segredos
Derrubo teus medos
Subverto tuas vontades
Quebro tuas resistências
Domino-te.
És minha. Por inteira.
Subverto-te.
Apraz-me ver-te assim.
Subjugo-te.
Toda minha.
Domínio.



Autoria do Poema: Lavínia Andrill
Tela de Iwona Wierkowiska - R Ogowiska

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