sábado, 21 de março de 2015

POEMA Nº 226 - "O QUE ME LIBERTA É PRISÃO"

De tudo que anseio
Nadas me pertencem
Insanos quereres
Devaneios de um'alma
Incalma,
Num corpo não se aquieta
Vive de varrer mundos
Coração constrito quer inda mais
Do que lhe é permitido
Debate a alma no presídio do corpo
Libertar-se não pode!
Debalde são meus os céus e as noites
Deleites dos meus lúgubres anseios
Que no peito não se calam
E explodem em desejos
Absurdos
Estritos
Inconfessos
Jamais satisfeitos...
A prisão me consome!


Autoria: Lavínia Andrill
Imagem: Internet

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