Poeta eu?
Ri-me a alma
Alinha-me o sorriso torto
Tal donzela envergonhada...
Poeta, eu?
Não o sou, apenas arrisco
Rabiscos,
Pobres diabos deixados
No jardim do léxico.
Palavras toscas
Que as vezes me sobressaltam
E caem em borbotões desenfreados
E se espalham em vãs tentativas
De encontrar um significado.
Poeta, eu?
Quisera sê-lo!
Porquanto, falta-me tanto!
Calíope não me acolhe
As vezes, acena-me ao longe
Mas, vira-me a face e de mim, ri.
E vira-me as costas. E se vai.
Por isto, não sou Poeta!
Poema de Lavínia Andrill
Imagem: Internet
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